- J-J-Justin. Falei com dificuldade. Bieber estava a centímetros de mim, com os olhos obscuros. As veias de seu pescoço estavam altas, seu rosto vermelho e seus braços apertavam o meu com força me deixando sem escapatória. – me solta! Falei entre dentes. – ta machucando.
- O que você tem com ele? Sua voz saiu rouca, a raiva era evidente em sua voz.
- ele quem? – me solta Bieber! Gritei e senti meus olhos marejarem.
- o que você tem com ele? Gritou e puxou-me com força jogando meu corpo na parede novamente. Deixei que as lágrimas começassem a cair, minhas costas doíam e meus braços deviam estar vermelhos.
- me solta Justin! Gritei tentando o empurrar. – você é um monstro. – eu te odeio ta ouvindo? – eu te odeio! Gritei tentando o agredir. Ele ficou sem reação, foi soltando meus braços aos poucos. O empurrei. – nunca mais fala comigo entendeu? – Nunca mais na sua vida! O empurrei mais uma vez e fui pegar minhas coisas no armário eu precisava sair daqui. Peguei minhas coisas e coloquei na mochila, acariciei meus pulsos que estavam vermelhos. Essa porra vai ficar roxa.
Peguei um táxi que passava ali na frente e pedi pra que ele fosse pra qualquer lugar longe, mas bem longe dali.
(...)
Ondas descompensadas batiam no chão com força, lágrimas não paravam de descer do meu rosto. A praia estava vazia, somente eu e o mar. Sentei-me na areia e fiquei observando as ondas quebrarem.
- eu não vou voltar pra casa! Ouvi alguém gritar o olhei pra trás, um garoto falava no telefone com alguém.
- ...
- se vierem atrás de mim eu juro que sumo e vocês nunca mais vão me ver! – adeus. Desligou e jogou o celular no chão. Murmurei um “hm” chamando sem querer a atenção dele pra mim.
- ta olhando o que? Disse frio me olhando com desprezo.
- to olhando pro idiota que interrompeu meu silencio. Bufei e direcionei meu olhar de volta pro mar. O ouvi bufar alto.
- eu não quero me casar. O ouvi murmurar. Olhei pra trás e ele estava sentado no chão com as mãos na cabeça. Levantei e fui até ele, parei em sua frente fazendo uma sombra o cobrir.
- to atrapalhando seu silencio? Olhou-me, seu rosto estava molhado por lágrimas, seus olhos azuis esverdeados chamaram minha atenção. – me desculpe. Fungou.
- problemas? Joguei-me ao seu lado.
- muitos. Suspirou. – você não faz ideia.
- talvez eu faça. Olhei pro mar e ele também, só se ouvia as ondas batendo com força na areia, fechei meus olhos suspirando.
- o que faz aqui? Ele quebrou o silencio, o fitei.
- problemas. Dei ombros.
- hm.
- vai se casar?
- não é obvio?
- não pra mim. – não te conheço.
- então não sabe quem eu sou?
- se eu não te conheço claro que...
- entendi. Cortou-me.
- que ótimo. Ironizei. – qual seu nome futuro noivo?
- Logan. – Príncipe Logan. Suspirou alto.
- você é o príncipe? Quase gritei, ele me olhou assustado e fechou a cara logo depois.
- sou. Bufou. – e não é algo bom, to sendo obrigado a me casar porque minha prima decidiu sumir.
- a Princesa Juliette?
- a mesma. Bufou.
- sabe por que ela sumiu?
- os pais dela têm uns inimigos, assim como qualquer um dos nobres. – ela foi seqüestrada por vingança, mas parece que conseguiu fugir e vive hoje com uma família e esse baile... Ele parou e pensou. – esquece.
- não pode dizer?
- não é isso é que...
- nem me conhece né? – também não confiaria.
- não! – eu não sei, mas... – eu confio em você. – mas nem sei seu nome.
- Julie. – Julie Carter. Sorri.
- você poderia ser a princesa. Ele riu abafado. Senti meu coração pular no peito, ok isso foi estranho. – mas nunca vamos a achar.
- hm. – talvez ela vá ao baile sem saber que é a princesa perdida. Dei ombros.
- verdade. – ela tem uma marca de nascença que todos da nobreza têm.
- onde? Sorri curiosa.
- não podemos mostrar. – pode ser clonado pra pessoas fingirem ser reais, sabe? – uma coisa muito louca.
- bem estranho. – mas deve ser difícil de ser clonado algo assim, tipo isso nasce com vocês. Ri.
– é acho que você tem razão, mas agente nunca pode mostrar, mas eu posso te mostrar se quiser, você não seria esperta o suficiente pra copiar mesmo. Levantou e riu me estendeu a mão. – olha. Apontou pra uma marca um pouco abaixo o pulso, era algo indescritível.
- é só um sinal. Dei ombros me levantando.
- só um sinal? Gargalhou alto. – só os nobres têm.
- ah ta bom. Revirei os olhos.
- ah é? - se você se acha tão esperta me prove que é comum. Cruzou os braços.
- isso é um desafio? Arqueei minha sobrancelha.
- talvez seja mesmo. Deu ombros com um sorriso sapeca nos lábios.
- você é idiota. Mostrei a língua e dei um leve empurrão nele. Rimos e ele pegou em meu braço vendo alguns roxos que já haviam se formado. Logan ficou sério na hora.
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