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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Fourteenth Chapter




Sentia como se estivesse deitada sobre nuvens, eu estava muito além do que confortável, sentia meu corpo todo relaxado. O ambiente estava perfeito, fresquinho uma temperatura perfeita. Oh meu deus, será que eu morri? Pensei e abri meus olhos aos poucos. Vi tudo embaçado e então esfreguei meus olhos pra ajudar minha visão melhorar. Abri-os de novo e vi Rose a minha frente sentada na cama. Sorri e ela retribuiu o sorriso. Espera ai, Rose? As imagens da noite passada vieram em minha mente como uma onda, me causando náusea. Droga. A olhei com os olhos arregalados e pulei em cima dela, dando-lhe um abraço apertado.
- oh Rose. Sussurrei ainda a espremendo contra o meu corpo.
- Julie querida. Falou com dificuldade, mas mesmo assim não a soltei.  – Julie eu preciso respirar. Foi então que me toquei de quão forte eu estava a abraçando. Sorri envergonhada e me afastei um pouco, mas ainda continuei em seu colo.
- desculpe. Sussurrei sentindo minhas bochechas queimarem.
- tudo bem querida. – como se sente? Avaliou-me com os olhos. Voltei pro meu lugar na cama.
- ham. Parei e pensei, olhei ao redor e me dei conta de que não estou no meu quarto. Isso aqui dá uns dez do meu. Observei a decoração, tudo com um rosa clarinho alguns tons em dourado e branco, mais perfeito que isso, sinceramente, acha difícil de imaginar. Voltei meus olhos pra Rose que me olhava apreensiva.
- o que aconteceu enquanto eu dormia? Fugi de sua pergunta por não saber ao certo o que responder, afinal, como eu me sinto?
- ham. – não se irrite com isso Julie, mas... Olhou-me com aquele olhar culpado. Oh não! O que você fez Rose?
- mas? Incentivei-a continuar.
- eu permiti que fizessem um exame de DNA pra comprovar se você realmente é a Juliette.
- eu não sou a “Juliette”. Disse debochada. – eu sou a Julie. – exame de DNA? – como você permite que tirem sangue de mim enquanto eu estou dormindo com que direi...
- foi só uns dois fios de cabelo Julie. Cortou-me séria.
- fios de cabelo. Repeti e passei a mão sobre o meu cabelo pra me certificar que não fiquei careca. Eu ainda estava com o penteado de ontem, mas estava sem meu vestido. Ok, quem me trocou?
- como que de repente eu acordei sem as minhas roupas?
- disso eu não sei. – foram me buscar de limusine hoje cedo. Deu ombros.
- limusine? Repeti chocada.
- sim. – e no caminho me explicaram tudo e me fizeram assinar um papel permitindo a retirada de uns fios de sua cabeça. Ela franziu o cenho. Assim como eu. Esse povo é maluco, mas é compreensivo.
- entendo. Falei com um fio de voz com os pensamentos longe. Droga! Eu nem se quer sei o que me espera. Suspirei e um guarda –iguais os que tinham na porta da rainha- entrou e fez reverencia pra mim. O que? Fiquei abismada e com raiva. E logo depois anunciou que os reis estavam entrando. Fiquei desesperada. Olhei pra debaixo das cobertas grossas e macias que me cobriam e me vi só de lingerie. Olhei desesperada pra Rose que correu até uma cadeira que tinha um roupão e me entregou o mesmo. Antes que os olhos de todos estejam sobre mim consegui colocar, desajeitada mente o roupão e me levantar.
Eu esperava que Serena entrasse pela porta, mas não. Uma mulher jovem com uma aparência incrível entrou pela porta ao lado de um homem moreno com olhos claros assim como os meus, os da rainha eram claros também, porém eram verdes. Os dois me olharam com seus maravilhosos e brilhantes olhos claros, mostrando-me sua arcada dentária inteira com um sorriso de tirar o fôlego.
Eu não tinha muito ideia de como reagir ou o que falar, pensei em fazer reverencia e foi o que eu fiz, sentindo minhas bochechas ganhando cor.
- não precisa disso querida! A mulher sorriu um pouco envergonhada, talvez não gostasse disso. Sorri em resposta e ficamos nos olhando por um tempo. O silencio começou a me incomodar o jeito com que eles me encaravam, cada detalhe meu cada movimento que eu fizesse eles ficavam observando, isso estava me deixando nervosa e ainda mais envergonhada.
- tenho umas perguntas a fazer. Murmurei quebrando o silencio ainda desconfortável.
- tudo o que quiser saber querida. Respondeu a rainha, qual seria o seu nome? Isso coisas simples primeiro Julie. Olhei pro sofá que tinha ali e acho que eles entenderam, sentara-se no sofá e eu numa poltrona que tinha logo em frente, me movimentando desconfortável. Até que ponto isso pode ser mais constrangedor? Eu não sei o nome dos reis do meu país, que podem ou não serem meus pais. Oh céus.
- então. Comecei e os fitei nos olhos um de cada vez. – queria... Ham... Saber o nome de vocês. Falei de uma vez e eles se entreolharam confusos.
- desculpe. Murmurou a rainha e sorriu logo em seguida ainda perdida. – meu nome é Victória.
- e o meu é Miguel.
“Victória e Miguel”. Repeti em minha mente e sorri.
- sou Julie. Sorri. – mas isso vocês sabem.
- sim. Responderem em coro.
- certo. – sei que mandaram fazer um exame de DNA. – o que acontece depois disso?
- a sua cicatriz diz muita coisa Julie. – mas pra ter certeza foi preciso o exame desculpe. Rei Miguel respondeu sério e seguro de suas palavras. E porque diabos eu senti que tem mais coisa nessa história toda?!
- desculpe. – mas a alteza não respondeu minha pergunta. Retruquei e ouvi Rose suspirar, ok ela sabe como eu me sinto, sabe o quão irritado eu estou com isso e sabe que a qualquer momento eu posso explodir aqui.
- desculpe. – isso depende do resultado. Respondeu envergonhado.
- o que acontece se der negativo?
- você volta pra sua vida e vive ela do jeito que vem vivendo até agora.
- e se der positivo? Perguntei receosa.
- você vai começar a ter aulas de como uma princesa deve se comportar. – e vai se mudar conosco pro castelo.
- pra cá?
- não isso aqui é apenas um palácio. A rainha sorriu pra mim.
“apenas um palácio?” o que ela quis dizer com isso? Que o castelo é maior? Santo Deus!
- onde fica o castelo?
- em Vancouver. Sorriu e eu senti um calafrio na espinha e olhei pra Rose e tinha um olhar triste. Merda. Não quero deixá-los.
- caso dê positivo e seu seja mesmo a filha de vocês. –não quero me afastar da minha família.
- sua família poderá quando quiser lhe visitar no castelo, lá tem hospedaria a eles.
- certo. Falei e fitei Rose que me lançou um olhar tranqüilizador.
- mais perguntas?
- o que eu tenho pra dizer depende do resultado. Falei e levantei-me e eles fizeram o mesmo.
- vamos deixá-la a sós quando tivermos o resultado voltamos. – se quiser tomar um banho tem um banheiro ali. Apontou e depois os dois saíram pela porta sorrindo.
- eu trouxe roupas. Rose entregou-me uma mochila sorri agradecida e fui até o banheiro. Vi uma banheira enorme, mas como não sei usar nem me atrevi a mexer, fui até o Box e tomei uma ducha rápida sem lavar meu cabelo. Sai e enrolei-me em uma toalha branquinha e super macia que tinha ali. Vasculhei a bolsa e achei um vestidinho florido. Sorri e agradeci Rose mentalmente. Peguei meu lingerie limpa dentro da bolsa e a coloquei, seguida do vestido. Passei um perfume que Rose colocou ali e um desodorante. Peguei uma sapatilha e a coloquei. Joguei a roupa suja dentro da bolsa e me dei falta do meu sapato e vestido. Onde eles foram parar?
Sai do banheiro intrigada com isso, e caminhei lentamente até Rose. Entreguei a bolsa a ela e comecei a desfazer o penteado do meu cabelo. Depois o prendi em um coque.
- Rose sabe onde foi parar minha roupa do baile de ontem?
- foi pra lavanderia do palácio. Ouvi uma voz grossa e logo reconheci Logan.

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